quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Parceiro cria arte para personalizar o BLOG

Olá!
Olha que bacana a Arte que o parceiro Rafael Azambuja criou para enfeitar as postagens do Psicologia nas Nuvens!
Valeu, Rafa! Abração!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Mas afinal, o que é e para que serve um psicólogo?

Olá, tudo bem?
       Estive fazendo algumas reflexões sobre os textos que já escrevi e me dei conta de que nunca publiquei nada que tornasse mais claro o entendimento a respeito da psicologia e o papel do psicólogo, então resolvi escrever o artigo de hoje.
      A psicologia estuda o comportamento humano e seus processos mentais, ou seja, fatores como personalidade, sistema nervoso, inteligência, aprendizagem, percepções, emoções, relacionamentos, desenvolvimento humano, entre outros.
    Trata-se de uma ciência que possibilita o entendimento de infinitas descobertas sobre o comportamento dos homens. Os profissionais da área da psicologia (nós, os psicólogos), buscam entender e tratar conflitos e/ou distúrbios psicológicos, visando a saúde mental para que os sujeitos possam viver com melhor qualidade de vida.
        A resolução dos problemas psicológicos possibilitam um melhor relacionamento com a sociedade, trabalho, família, e claro, pensamentos e sentimentos individuais.
      É comum que alguns clientes cheguem reticentes ao consultório, arredios, desconfiados, só porque alguém disse que procurar um psicólogo era o que eles deveriam fazer, ou porque já não aguentam mais seu sofrimento, mesmo acreditando que estarão perdendo tempo e dinheiro com algo que não resolverá nada, no seu ponto de vista.
      Nós psicólogos, existimos para ajudar as pessoas a encontrarem caminhos para a solução dos seus problemas, que por alguma razão, sozinhas elas não conseguem enxergar.
   Para que haja sucesso no acompanhamento psicológico, é necessário que o profissional seja qualificado a altura das necessidades do seu cliente, ou busque aprimoramento contínuo, bem como o cliente deve sentir-se confortável em confidenciar seu sofrimento ao psicólogo.
      Quanto ao custo despedido com este profissional, acredito com veemência que deve ser um paradigma a se romper, quando se enxerga como sendo um 'gasto'. Pelo contrário, trata-se de um investimento em si mesmo, na sua saúde mental, visto que se você sofre por um problema emocional, de qualquer natureza, toda sua vida fica comprometida.
    Devido a riqueza de possibilidades de atuação nesta área, o psicólogo poderá atuar em diferentes contextos, além da psicologia clínica, como: psicologia escolar, hospitalar, comunitária, organizacional, forense, psicologia do esporte, etc.
       Seja qual for a área em que nós psicólogos estivermos atuando, o que rege nossa motivação será sempre a certeza de que podemos ajudar as pessoas a viverem com qualidade de vida, onde quer que estejam.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sustentabilidade e relacionamentos em Gestão de Pessoas

Vivemos em um mundo capitalista, onde os objetivos empresariais, econômicos e sociais, baseiam-se em primeira instância, no aspecto 'Ter', 'Possuir', 'Crescer', 'estar à frente'.
            Desde nossa infância, já somos condicionados a uma visão consumista, seja através de observações dos diálogos entre os adultos que nos rodeiam, seja pela mídia, seja pelos colegas ou professores. Esta condição move nossos desejos e vontades, por consequência, nossas ações e relacionamentos em geral. Tudo está relacionado, visto que mesmo inconscientemente, acabaremos fazendo parte deste ciclo, pois nós humanos temos a necessidade de pertencer a grupos, para poder viver de forma saudável.
            Então, passamos a cobiçar objetos, relacionamentos, posições, entre outros. A medida que o tempo vai passando, vamos vivenciando momentos de sucessos e insucessos nos nossos planejamentos. O segundo, poderá causar frustração, pois está diretamente relacionado as nossas expectativas e anseios. Neste momento, cabe a cada pessoa o acionamento de suas competências intrapessoais, como resiliência, por exemplo.
            Porém, se o sujeito ao passar por dificuldades, não conseguir elaborá-las para dar seguimento aos seus projetos de vida, poderá causar grandes transtornos tanto para si, quanto para os que o rodeiam, visto que a ótica na qual passará a enxergar as situações, estará propensa a sentimentos negativos, como desejos de crescer a qualquer custo, comportamentos antissociais envolvendo rompimento de princípios éticos e morais, ou até mesmo, isolamento social.
            Diariamente, em um ritmo frenético, a tecnologia vem avançando, e com ela, nossa 'necessidade' de vivermos em constante atualização, afinal, fica difícil aceitar que o vizinho tenha comprado o Audi do ano, e nós estejamos ainda com um Fiat 2013.
       Objetos de uso pessoal como computadores, notebooks, celulares, entre outros, possuem vida útil de pouco mais de dois anos, em média. Para cada um deles existe um 'lixo' adequado. Infelizmente, ainda são poucas as pessoas com acesso a esta informação, e os que já tem conhecimento, muitas vezes não fazem o descarte adequado. Sabemos que para que possamos conviver em um mundo menos poluído, menos consumista e mais consciência ecologicamente sustentável, devemos começar pela reciclagem individual. A partir da mudança de hábitos individuais, passaremos a dar exemplos aos que nos rodeiam, e assim, formaremos uma grande corrente, que começará em casa, irá para escolas, universidades e empresas.
            Portanto, não se pode deixar de pensar em relacionamentos, quando falamos em sustentabilidade na gestão de pessoas. A sustentabilidade, em linhas gerais, se trata de usar conscientemente e de modo respeitador, as coisas que nos rodeiam, para que as próximas gerações também possam usá-las.
            Para que haja sustentabilidade, onde quer que estejamos, faz-se necessária a adoção desta cultura, em todos os relacionamentos, pois somente assim poderemos crer que temos grandes chances de expandir em um mundo, social, econômica e politicamente mais digno e próspero para as demais gerações.



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Escolha Profissional

Olá! Tudo bem com vocês?

       O período das provas decisivas para nosso futuro profissional vem chegando, e com ele, algumas dúvidas...

     Escolher uma profissão na fase da adolescência, pode parecer uma missão quase impossível. Optar por uma carreira significa entrar naquilo que imaginamos ser o mundo adulto, no qual teremos acesso a uma série de coisas interessantes, mas também a várias novas responsabilidades. Por isso é tão difícil!

        A questão da escolha profissional representa um desafio que envolve diversos fatores, entre eles: expectativas da família; o custo da formação e o local dos estudos; o tipo de formação desejado; as oportunidades do mercado e as características das profissões, como, por exemplo, o tipo de atividade e o local onde é realizada.

      Neste período difícil para os jovens, é necessário que haja muita compreensão das suas aptidões, perfis, dedicação na busca por informações, bate-papo com profissionais da área que lhes despertam interesses, até mesmo aconselhamentos e orientações com profissionais qualificados para trabalhar essas e outras dúvidas que surgem ao final do Ensino Médio.

       Antes de mais nada, é preciso desenvolver o autoconhecimento, saber do que se gosta, o que gostaríamos de ser, quais são as expectativas para daqui a 1, 5 e 10 anos. Observa-se que enquanto jovens, acreditamos ter muito tempo pela frente, para tomar algumas decisões, e costuma-se deixar para pensar sobre isso tardiamente, gerando ansiedade, cobrança de terceiros e até mesmo sofrimento.

       Algumas escolas desenvolvem projetos como: feira das profissões; excursões para conhecer instituições de ensino; workshops com profissionais de diversas áreas; pacotes com equipe de psicólogos que realizam orientação profissional através de dinâmicas, entrevistas e aplicação de testes vocacionais.

        Orienta-se que os familiares, escolas e alunos, trabalhem esta questão como equipe. Buscando auxiliar o estudante nesta tomada de decisão, que determinará seu futuro, seja ele construído a partir de ensino superior, técnico, educação à distância, estágio, entre outros.






sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Perguntas e respostas sobre o Grupo Harmonia

Nome do Grupo: Grupo de Convivência Harmonia
Idade do grupo: 16 anos
Número de participantes e de onde elas são: Em torno de 10 mulheres, com idade acima de 40 anos. Todas residem em Cachoeira do Sul
Como e quais os tipos de ações sociais que o grupo promove: O grupo realiza atividades como campanhas de agasalho, lanche solidário em creches, entre outros eventos em parceria com a comunidade cachoeirense.
Quantas pessoas já foram ajudadas: É difícil mensurar, tendo em vista os anos de grupo e as ações desenvolvidas, mas não há dúvidas de que o grupo contribui para o bem estar bio psicossocial de todas as frequentadoras, bem como a sociedade em geral, através das ações já realizadas.
Quem pode participar como voluntário e como proceder: Todas as mulheres da comunidade cachoeirense e região, que tenham idade acima de 40 anos.
Informações importantes: O Grupo de Convivência Harmonia é um grupo gratuito, fundado pela psicóloga Cecília Chaves, com encontros semanais, sendo realizados nas segundas-feiras, das 15h às 17h, no auditório da Clas Psicologia. É coordenado atualmente, pela psicóloga Sanny Azambuja. Nos encontros, temos momentos de reflexões, trocas de vivências, dinâmicas, apresentação e debates sobre filmes e resgate dos valores e auto estima das mulheres.





quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Uma dor chamada Rejeição

 Ultimamente tenho feito algumas reflexões sobre o impacto da rejeição dos pais por seus filhos, quando os mesmos já se encontram na fase adulta.
 A rejeição é bastante poderosa. Deixamos de fazer muitas coisas pelo simples medo de sermos rejeitados até por pessoas que não tem nenhuma ligação emocional conosco.
 Imagine profissionais da área de vendas, que precisam oferecer seus produtos da maneira mais atrativa possível para atrair clientes e obter sucesso no seu trabalho. É comum que muitos possam ouvir clientes reclamarem, ou não darem importância, e até mesmo serem grosseiros. Torna-se imprescindível que os profissionais sejam mestres na superação da rejeição.
 Racionalmente, não seria nada de mais oferecer um serviço ou produto a alguém. O pior que pode ocorrer é se ouvir um não. Mas emocionalmente isto não é tão simples.
 A rejeição costuma deixar marcas na autoestima. Ainda mais quando a pessoa é rejeitada na infância pelos pais. Nesse caso, as marcas podem ser bastante profundas e influenciar o comportamento pelo resto da vida caso a pessoa não perceba e nem trate o sentimento.
 Pode ocorrer rejeição de inúmeras formas: abandono dos pais, encaminhamento para adoção, filhos que se sentem preteridos e percebem outro irmão como sendo mais querido (mesmo que isto seja apenas uma crença distorcida, e não um fato), filhos que são criticados demais, não elogiados e comparados negativamente com outras crianças, altamente controlados e carentes.
 Na vida adulta, a rejeição pode ocorrer de outras maneiras: casamentos desfeitos, namoros rompidos, perda de emprego ou cargo, humilhações e/ou tratamentos diferenciados no trabalho, amizades desfeitas, entre outros.
 Mas por que é que dói tanto ser rejeitado? O que acontece quando alguém é rejeitado ou se sente rejeitado por alguma atitude de uma terceira pessoa é o surgimento de um sentimento de menos valia. Os questionamentos perturbadores, fazem com que a pessoa rejeitada, no fundo, acabe sentindo que tem algo de errado em si mesma.
 Esse sentimento de que parece que tem algo de errado com ela na maioria das vezes não é bem percebido. Essa é a causa maior da dor: achar que a rejeição ocorreu por que há um “defeito” na pessoa e isso que a levou a ser descartada, desprezada, abandonada, rejeitada. 
 A pessoa busca a explicação, não encontra, e, inconscientemente, é levada a sentir que tem algo de errado nela que levou a outra pessoa a rejeitá-la. No final das contas, fica implícita a conclusão: “tem algo de errado comigo, não sou bom o suficiente”.
 Imagine carregar esse sentimento desde a infância pela rejeição dos pais. Se sentir culpado por não ser uma pessoa boa o suficiente, por não corresponder às expectativas dos pais.
 Isto desencadeia também uma necessidade constante de aprovação dos pais. O filho se esforça, tenta agradar, continua sem o reconhecimento, tenta novamente agradar, e vira um círculo vicioso. Vira uma busca eterna pela aprovação.
 Outras consequências da rejeição é a raiva e a mágoa. Como a atitude de rejeição faz a pessoa se sentir menos, e isso é bastante doloroso, é natural se defender ficando com raiva do outro e buscando alternativas de fuga, tentando amenizar sua dor através de entorpecentes (isto quando a rejeição não desencadeia um transtorno mental, podendo inclusive levar a pessoa ao suicídio).
 Dentro desta perspectiva, cabe destacar a importância do fortalecimento dos vínculos afetivos desde a infância, até a fase adulta. Em casos de sofrimento, desequilíbrio emocional, abandono, não devemos sentir vergonha de procurar ajuda de profissionais que possam auxiliar nosso processo de amadurecimento e reconstrução da nossa história, com bases mais sólidas para obtermos qualidade de vida e relacionamentos saudáveis.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Sustentabilidade Organizacional

Falar sobre Sustentabilidade Organizacional, nos dias de hoje é mais que fundamental para o fortalecimento da sua empresa. Participe você também! Dia 11 de julho, no auditório do CDL em Cachoeira do Sul. Realização: Clas Psicologia 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Aqueça corações com amor e agasalhos


 Boa tarde leitores! Tudo bom?
         Friozinho, né?
         O inverno vem chegando de mansinho. E com ele, a possibilidade de brotar em nossos corações, o amor e a compaixão ao próximo.
         Algumas mães e avós confeccionam blusões de lã, casacos, meias. Compramos novos sapatos, blusas, roupas de cama... E os guarda-roupas acabam ficando lotados, não é mesmo? Então, por que não fazer uma geral nos seus armários, ver o que você, seus filhos e companheiros não usam mais, para doar às famílias carentes?
         Sabe-se que rotineiramente, as prefeituras, escolas, ONG's, costumam fazer campanhas do agasalho a fim de acumular doações para famílias ou instituições como orfanatos, asilos, creches, entre outros. Também há algumas pessoas que preferem por si mesmas juntar utensílios e roupas para fazer doações a lares já conhecidos pelas necessidades existentes.
         As doações não se limitam apenas a roupas. Também podem ser doados colchões, lençóis, cobertores, entre outros.
         Aproveite que junho é o mês do amor, e aqueça não só seus companheiros, com seu afeto, com presentes quentinhos. Distribua amor através de ações solidárias, sorrisos, abraços, gentilezas, e você estará contribuindo com a felicidades de inúmeras pessoas.
         É importante crer que isto terá efeito bumerangue e muitas, MUITAS coisas maravilhosas virão para você!
         Doe agasalhos. Doe alimentos. Doe sorrisos. Doe AMOR!
       
 

terça-feira, 9 de junho de 2015

Família Contemporânea

            Bom dia leitores!
            Atualmente temos acompanhado diversas manifestações e até mesmo confrontos na busca por direitos a constituição das famílias contemporâneas. Estes conflitos se dão devido a inúmeros fatores, mas a principal razão, sem dúvida, é o preconceito social em relação a gênero, orientação sexual dos indivíduos, pais e mães solteiros, entre outros.
            Fazendo um resgate histórico, podemos dizer que na sociedade burguesa a formação familiar era ligada aos laços sanguíneos e a habitação em comum cujos membros se limitavam ao pai, mãe e filhos, sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha contato com a vida social e o mercado de trabalho, já a mãe tinha como obrigações os cuidados domésticos e com os filhos, desta forma a esposa e filhos deviam obediência irrestrita ao seu provedor, esse modelo de formação familiar era conhecido como patriarcal e nessa época o casamento era ligado aos negócios e tido como união eterna.
            Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros caminhos. A mulher introduziu-se no mercado de trabalho, o que fez com que se tornasse peça importante no provimento financeiro da família, não sendo raros os casos em que é a única provedora.
            Também é preciso destacar que com o correr do tempo e o avanço das épocas foi mudando um pouco a concepção de família. Há décadas atrás em algumas sociedades muito fechadas era impensável, por exemplo, que um casal se divorciasse e que, por exemplo, um destes refizesse sua vida com outra pessoa com a qual concebesse um filho e assim formasse uma nova família e ampliasse a já existente se tivesse filhos.
            Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos.
            A família brasileira se multiplicou. O modelo de casal com filhos deixou de ser dominante no Brasil. Pela primeira vez, o censo demográfico captou essa virada, mostrando que os outros tipos de arranjos familiares estão em 50,1% dos lares. Hoje, os casais sem filhos, as pessoas morando sozinhas, três gerações sob o mesmo teto, casais gays, mães sozinhas com filhos, pais sozinhos com filhos, amigos morando juntos, netos com avós, irmãos e irmãs, famílias "mosaico" (a do "meu, seu e nossos filhos") ganharam a maioria. 
            Cabe destacar neste artigo, que independente da formação de cada família, há dois pilares fundamentais: O RESPEITO E O AMOR. Tanto dentro da família, quanto na sociedade. Não cabe a nós, o julgamento de qualquer pessoa, casal ou família. As pessoas tem direito a amarem umas as outras, bem como seus filhos ou animais de estimação.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Superando a perda de seres queridos

 Bom dia, leitores! Tudo bem com vocês?
No artigo de hoje, falarei a respeito da superação da perda de entes queridos, sejam humanos ou animais de estimação com quem compartilhamos momentos especiais nas nossas vidas durante alguns anos.
            Atualmente, a morte ainda é vista como um tabu, cercada de mistérios e de crenças, e as pessoas, frequentemente, não se encontram preparadas para lidar com a finitude. Quando a morte ocorre de forma trágica e repentina, tende a causar inúmeras alterações na vida de uma pessoa, trazendo, muitas vezes, prejuízos e alterações, principalmente, nos funcionamentos emocionais e cognitivos. Neste momento, os enlutados poderão recorrer a um psicólogo, e este tende a priorizar o acolhimento e a escuta ao paciente.
            A literatura específica diz que o trabalho de luto, o tempo que a maioria das pessoas levam para lidar com a ausência do ente falecido, gira em torno de um a dois anos. Não há outra forma de superar o luto, que não seja vivendo esta experiência.  Mas, superar não é esquecer. Significa aceitar e continuar a viver. A superação só se dá a partir de um longo processo e fingir que não aconteceu ou ainda não sentir dor quando lembrar, só trará prejuízos para a pessoa.  
            A retomada ao trabalho deve entrar nesse contexto como uma tarefa que auxilia a pessoa a continuar a rotina de a sua vida, não como simples evitação da tomada da consciência da dor. Cada um demonstra a dor a seu modo. Retomar a sua vida não significa, necessariamente, que a pessoa já tenha superado, ma sim que ela continua a viver. O trabalho, bem dosado é uma forma de continuar a viver.
            Dentro do contexto social, numa cultura hedonista, da busca do prazer pelo prazer, as pessoas enlutadas são encorajadas pela sociedade e pela impaciência da nossa cultura, a deixar para trás a experiência do luto. Como resultado, temos duas situações: ou o enlutado vive seu processo em silêncio e solitariamente, devido a pressão social ou força-se a abandona-lo, antes de ter completado o ciclo do luto.         Aqueles que permanecem expressando tristeza por um determinado tempo, ou mesmo demonstram seu sofrimento através do choro são considerados por muitas pessoas, fracos e inconvenientes.  Amigos e familiares, bem-intencionados, porém desinformados e inconformados com esse estado de espírito, tentam fazer com que o enlutado desenvolva autocontrole, através da sublimação da dor. Supõem que essa seja socialmente a atitude mais adequada.      A pressão social acaba, infelizmente, por alimentar a repressão emocional do enlutado.    Para enfrentar essa pressão, o enlutado passa a apresentar comportamentos socialmente aceitáveis que contrariam sua necessidade psicológica.    
            Mascarar ou fugir do luto causa ansiedade, confusão e depressão. Se a pessoa enlutada receber pouco ou nenhum reconhecimento social para sua dor, poderá temer julgamentos sociais, ou ainda, julgar que seus pensamentos e sentimentos sejam anormais, o que nem sempre ocorre. Muitas vezes chegam pacientes com largos sorrisos no rosto, mas profundamente deprimidos no consultório.
            A depressão é uma vilã da vida que tira o enlutado das atividades rotineiras como trabalho, convívio social, saúde, lazer e prazer em viver. Por isso, não nos deixemos levar para cultura hedonista pura e simplesmente. A dor é para ser vivida, entendida e o mais importante, superada, jamais ignorada ou negligenciada.
            Jung, já dizia: não há despertar da consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando ao limite do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma.  Mas, ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim ao se conscientizar da escuridão. 

            Resta-nos, portanto, aprender a conviver com a ausência física dos seres que tanto amamos e tiveram que partir. Ficam guardados em fotografias e na memória, as lembranças das vivências boas que tivemos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Competência Interpessoal

Bom dia, leitores!! Tudo bem?
            Nos dias 22 e 23 de maio, participei do curso de Competência Interpessoal, anteriormente divulgado aqui no blog, com instrução da psicóloga Estela Marcadella. Também compunham a sala, profissionais com cargos de liderança em algumas empresas de Cachoeira do Sul - RS, a fim de qualificarem-se ainda mais, podendo levar para a prática na empresa os conhecimentos adquiridos.
            Durante o curso, pudemos trocar vivências sobre nosso trabalho, equipes nas quais estamos inseridos, bem como características peculiares dos gestores de cada empresa.
            Conceituando o tema, competência interpessoal nada mais é do que a habilidade para lidar com pessoas de forma eficaz, consideradas as diferenças individuais e os fatores condicionantes de cada situação.
            Inicialmente, questionamo-nos sobre o porquê de desenvolver a competência interpessoal. Como sabemos, vivemos na era digital, onde a tecnologia avança a cada segundo, trazendo por consequência, a necessidade de aprimoramento e acompanhamento das mesmas, para nos mantermos no ritmo do mercado de trabalho.
            Com isso, torna-se essencial a nossa retomada constante ao cuidado com os colaboradores das empresas, entrada, saída e manutenção de diversas gerações que devem trabalhar em sintonia uma com a outra, em prol do bem estar pessoal, social e empresarial.
            O desenvolvimento da competência interpessoal contribui para que possamos estar abertos para entender o outro, compreendendo seus valores e anseios. Permite-nos ter maior facilidade para permear a vida dos sujeitos e engajá-los no ritmo da empresa.
            Não se trata de um dom ou talento inato da pessoa, e sim uma capacidade que se pode desenvolver por meio de treinamento próprio, desde que a pessoa esteja disposta a se rever como ser humano. Para isto, torna-se fundamental a identificação dos nossos próprios conceitos e pré-conceitos, para podermos nos colocar a frente do outro, dispostos a ouvir abertamente, mediar situações de conflitos, romper paradigmas, sugerir ao sujeito que pode haver formas distintas de olhar para a mesma situação, trazendo a pessoa para si e vendendo a ela a cultura e os valores da empresa, sempre que necessário.
            É importante estarmos cientes de que 50% do engajamento do colaborador com a empresa, faz parte da nossa instrução, nossa comunicação clara e condizente com as nossas ações, e os outros 50% está nos sentimentos e nas atitudes da pessoa para com a empresa.
            Como base para o desenvolvimento das competências interpessoais, vimos a importância de ter-se uma comunicação clara entre a equipe. Não se trata apenas de troca de informações. Trata-se também de causar influência, despertar interesse pelo que está sendo dito e provocar alguma ação dos sujeitos.
            Especialistas indicam que 93% da comunicação é não verbal. O que significa que as interpretações do que está sendo dito estão relacionadas a gestos e expressões faciais, bem como a expressividade da voz, além das crenças do sujeito que escuta ou lê o que está sendo comunicado.
            Isto significa que precisamos estar atentos a forma como nos expressamos e agimos no dia a dia. Temos que ser condizentes nas nossas ações, com aquilo que estamos tentando transmitir aos demais.

            A trajetória pelo desenvolvimento da competência interpessoal emerge do reconhecimento de nossas fragilidades e do nosso potencial da aceitação das fragilidades e do potencial do outro, descortinando possibilidades de um encontro produtivo com aqueles que, sendo semelhantes, são diferentes, e sendo diferentes, são a nossa expectativa de complementação e crescimento.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Em busca de Oásis

Boa tarde leitores!
            Durante nossa vida, buscamos sempre caminhar em direção a algo que nos torne seres humanos melhores, mais completos e mais felizes.
            Porém, nesta busca incessante pela felicidade, trilhamos diversos caminhos, muitas vezes cercados de desertos, incertezas, medos, ansiedade, aflição, até que encontramos um oásis, onde matamos parte da nossa sede de ser feliz, sentimo-nos realizados socialmente, profissionalmente, etc.
            Por algum tempo, este oásis nos deixa confortável com nós mesmos, satisfeitos com as conquistas, mas estes sentimentos, a medida que vamos sendo atropelados pelo tempo, pelas tecnologias, pela voracidade do mercado de trabalho e a competição na busca de uma vida melhor do que a que já se tem, lá vamos nós para uma nova jornada enfrentando tempestades de areia e todas as adversidades de um deserto, para buscar algo mais além, pois o que se tinha, já não nos torna mais seres humanos totalmente felizes.
            Para muitos, a percepção da necessidade de modificações para acompanhar o ritmo das transformações sociais, econômicas e afetivas, gera pensamentos angustiantes, previsões de erros, acertos, um mar aterrorizantes de 'e se...?'. O medo permeia os pensamentos, as crenças e as pessoas acabam parando por ali mesmo onde estão. Onde parece seguro e certo de que já foi feliz ali onde está e pode continuar sendo, mesmo que com lacunas.
            Para outros, este movimento de mudança em busca de algo torna-se desafiador, instigante, o sujeito encara de maneira motivadora o trajeto que mesmo podendo ser difícil, lhe trará sensações de prazer e felicidade no futuro. São pessoas capazes de entender que as dificuldades são pequenas, se comparadas ao resultado que temporariamente nos deixará satisfeitos, até que o ciclo se reinicie.
            O que poucos percebem, é que a felicidade está no caminho trilhado, independente do que está sendo buscado. Está em cada interpretação do que as dificuldades que tivemos que enfrentar, significam para o nosso crescimento. Está nos vínculos que criamos durante a trajetória e o que cada um pode contribuir na troca de experiências. E também nos vínculos que desfizemos, por entender que um não tinha mais nada a contribuir com o outro.

            Não confunda coragem de ir em frente, com imprudência. E nem receio e medo, com fraqueza e sentimentos de ser incapaz de obter algo que deseja. Procure organizar seus pensamentos. Seja cauteloso, mas não covarde. Trilhe seu caminho, entendendo suas limitações e as limitações do outro. Entenda que ninguém é feliz o tempo todo, e você não é obrigado a ser feliz diariamente. Por mais difícil que pareçam os caminhos no deserto, sempre haverão momentos em que você irá se deparar com um oásis e refletir sobre o que passou para chegar até ali. Use isto a seu favor e desfrute saudavelmente da sua felicidade.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

ABRH-RS Realiza curso de Competências Interpessoais em parceria com a Clas Psicologia

"Essa competência é compreendida como a capacidade de ser amável com o próximo e de lidar de forma ética com as situações do trabalho e da vida em geral."

Se você trabalha com pessoas, busca melhorar suas relações pessoais e de trabalho, seja qual for sua área, AGENDE-SE! Enriqueça seu currículo profissional através de cursos que são referência em capacitação de Gestores e Profissionais de Recursos Humanos que Clas Psicologia em parceria com a ABRH-RS está trazendo para Cachoeira do Sul e região.
Maiores informações através do fone (51) 37230331 ou do email clas.carla@gmail.com


quinta-feira, 9 de abril de 2015

ADOLESCÊNCIA E TRÂNSITO


O quadro geral do nosso trânsito é de caos, tragédias, calamidades, onde a maioria das pessoas que fazem parte desse contexto não tem consciência da gravidade desta situação. Os números já não sensibilizam, as pessoas correm o risco de se acostumarem com eles, de banalizarem a dor, a desgraça e a tragédia que é perder uma vida.
As questões relacionadas ao trânsito são um grave problema de saúde pública e todos nós estamos ligados a elas direta ou indiretamente, desde o nosso nascimento. As falhas mecânicas ocorrem em muitos acidentes, mas as falhas humanas são as que mais contribuem para esses acidentes ocorrerem.
De acordo com Sobrinho (2010): “no Brasil, o jovem tem assegurado por lei o direito de passar pelo processo da primeira habilitação ao completar 18 anos e muitas vezes acabam adquirindo sua carteira de motorista logo na época mais conturbada do seu desenvolvimento, a adolescência”. 
O excesso de confiança em si mesmo faz com que os adolescentes abusem de tudo (sexo, álcool, velocidade), esta onipotência aliada a sua imaturidade faz com que tenham muitos comportamentos imprevisíveis e inadequados. Os jovens podem estar habilitados a dirigir, mas falta maturidade emocional para enfrentar com responsabilidade os desafios do trânsito. (SOBRINHO, 2010, p. 11).
        
O preparo emocional dos adolescentes depende principalmente da atenção e educação dada pelos pais. A família exerce um papel fundamental de influência na formação dos adolescentes, pois seguirão os exemplos que lhes foram dados.
A imprudência pode ser consequência da falta de maturidade, que põe em risco não só a vida do motorista, mas também dos seus passageiros, de outros condutores e pedestres.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Estresse na relação entre os Usuários e Servidores do SUS em uma Unidade Sanitária do município de Cachoeira do Sul - RS

    Para dar início as publicações do blog, gostaria de compartilhar com vocês as conclusões a que cheguei, durante meu trabalho de conclusão de curso, que buscou encontrar as causas do estresse entre os usuários e os servidores do SUS.
   No decorrer deste estudo foi possível constatar que o estresse estabelecido na relação entre os sujeitos da Unidade Sanitária onde os dados foram coletados, se dá principalmente devido às dificuldades no sistema de agendamento de consultas. Observou-se que a queixa principal dos usuários está relacionada ao número de fichas disponíveis, que não conseguem atender a demanda da Unidade, bem como uma única linha telefônica que em alguns horários acaba congestionando devido ao volume de pacientes que ligam ao mesmo tempo.
   Já os servidores sofrem de estresse ocupacional principalmente devido ao fato de terem que dar aos usuários, durante a maior parte do dia, retornos negativos no que se refere ao agendamento de consultas, já que o número de fichas disponíveis é limitado e dividido entre os médicos da Unidade. Além disto, somente uma consulta, em muitos casos, não resolverá os problemas dos pacientes. Faz-se necessária a distribuição de receitas para remédios controlados (que também são limitadas), encaminhamento para exames (que podem demorar dias, meses ou até mesmo anos), além de medicamentos comuns e gratuitos que deveriam estar disponíveis na farmácia do SUS e faltam.
    Como técnica para coleta de dados, formei grupos focais que possibilitaram a compreensão da burocratização do atendimento, vivida como uma experiência singular de impotência, do descrédito e da desvalia, sentidas pelos servidores, por não conseguirem, na maioria dos casos, ajudar pessoas que chegam até eles em estado de doença, pedindo-lhes ajuda e faltarem-lhes recursos para auxiliar na cura destas pessoas, devido às carências do sistema.
  Faz-se necessário que a equipe desenvolva ações individuais e coletivas, de acompanhamento e promoção da saúde na unidade, mostrando para a população que o cuidado à saúde é realizado por uma equipe multiprofissional de forma integral e que este cuidado não é centrado apenas na figura do médico.
    A pesquisa demonstrou que os usuários valorizam o atendimento médico especializado, reivindicando médicos especialistas para o atendimento da população. A US deve buscar estratégias que demonstrem para a população a capacidade que o médico da família, junto com os demais membros da equipe multiprofissional têm para desenvolver ações de cuidado em todas as fases do desenvolvimento humano.
   A Teoria das Representações Sociais deu embasamento para a análise deste trabalho pressupondo que: a exploração das representações sociais poderia permitir o contato com imagens e conteúdos que expressassem, de certa forma, as necessidades de saúde sentidas pelas pessoas. No caso, as pessoas alvos deste estudo foram usuários e servidores de uma Unidade Sanitária.
  Existem as representações que são geradas no decurso de um conflito ou controvérsia social e que não são partilhadas pela sociedade no conjunto. Estas representações controversas devem ser consideradas no contexto de uma oposição ou luta entre grupos. Nas representações sociais, o acento tônico é colocado nos processos de interação e de influência que orientam a construção e a dinâmica do pensamento social.       
   Entende-se que as práticas de saúde vão muito além de intervenções curativas, devendo ser direcionadas não só para atender, mas para prevenir a doença e promover a saúde, como bem descreveu Freitas (2005) em seu trabalho. Pensar em saúde como 'ausência de doença', onde para tal, necessita-se apenas de um médico e de remédios, não dissolverá o problema das carências da saúde pública brasileira.
    A vigência desse modelo tende a desqualificar outros saberes relacionados aos cuidados com a saúde, deixando de lado os componentes sociais do processo saúde - doença, assim como a subjetividade do usuário.

   Ressalta-se, portanto, a importância da qualificação dos servidores, para recepcionar, atender, acolher, escutar, tomar decisões, amparar, orientar e negociar, com os usuários que chegam até a Unidade Sanitária em situação de doença, trabalhando não somente as práticas curativas, mas incentivando a população a buscar alternativas de prevenção de doenças e promoção de saúde.
Porque criar um Blog?

Transcorridos 30 dias após a formatura, ocorreu-me a ideia de criar um blog para que pudéssemos conversar de maneira ampla sobre psicologia. 
Sempre fui da opinião de que precisamos falar sobre o que pensamos e sentimos de maneira respeitosa e sem agressões ou imposições dos nossos ideais a algo ou alguém.
Por estarmos na era da web, nada melhor do que estarmos em nuvem, para podermos compartilhar com o mundo, questões sobre as quais deveríamos refletir, conversar e compreender, antes de eventuais julgamentos.
Aqui, procurarei escrever sobre minha paixão pela psicologia organizacional, bem como a clínica, as psicopatologias, casais, crianças, questões sociais, entre outros assuntos que colaboram com nosso dia-a-dia.
Lutarei incansavelmente contra os rótulos pejorativos que envolvem esta profissão belíssima, além do nosso bem mais precioso: AS PESSOAS.